“Aviso: Se você está lendo isso, então isto é para você. Cada segundo perdido lendo este texto inútil é outro segundo a menos da sua vida. Você não tem outras coisas para fazer? A sua vida é tão vazia que você honestamente não consegue pensar numa maneira melhor de vivê-la? Ou você fica tão impressionado com a autoridade daqueles que a exercem sobre você? Você lê tudo o que deveria ler? Você pensa tudo o que deveria pensar? Compra tudo o que lhe dizem pra comprar? Saia do seu apartamento. Encontre alguém do sexo oposto. Pare de comprar tanto e se masturbar tanto. Peça demissão. Comece a brigar. Prove que está vivo. Se você não fizer valer pelo seu lado humano você se tornará apenas mais um numero. Você foi avisado.”
Na introdução da mais recente edição Clube da Luta lançada aqui, Chuck Palahniuk compara sua prosa ao dinamismo musical e o pragmatismo agressivo do Punk Rock:
“Toda música punk terminava antes de você se cansar, e todo mundo prestava atenção porque a pessoa tinha poucos segundos para chegar na pista. Enquanto (Billy) Idol explicava essa marca maior do punk, percebi que muitos dos meus contos e capítulos de livros parecem as músicas dele. (…)
Isso explica por que os capítulos de Clube da Luta são tão curtos, e por que o livro em si termina tão depressa. Escrevi para ser uma coisa que ia ser lida e depois jogada fora. Escrevi quase no mesmo tempo que você vai levar para ler. É uma coisa da época que a gente viveu. Todo mundo estava pegando AIDS e morrendo. Não tinha como um escritor se demorar anos e anos num livro. A velocidade e a conclusão de Clube da Luta é culpa do punk, da AIDS, dos videoclipes. Nem eu, nem meus amigos achávamos que estaríamos vivos depois dos trinta.”
Por essas e outras dá pra concluir que Clube da Luta é o presente de uma geração desesperançada para outra. Uma ideia perigosa que está sendo propagada por aí agora mesmo, enquanto você lê esse texto. E, sinto informar, mas vamos dar uma mãozinha à essa ideia e propagá-la mais um pouquinho. Desculpem o transtorno, mas o ano do aniversário de 20 anos do lançamento do filme obrigou a Zona Negativa a quebrar de uma vez só as duas primeiras regras do Clube da Luta SIM!
É, eu sei que vocês já leram mil resenhas de Clube da Luta em mil sites diferentes, e não vamos enganar vocês: Não viemos trazer um novo enfoque à tona, reinventar a forma de ler essa obra, defecar uma regra nunca antes defecada, nem uma interpretação que já não tenha sido feita antes, até porque existem poucas coisas, seja na ficção ou na vida real, mais objetivas e de fácil compreensão do que os planos de Tyler Durden para “reescrever” a sociedade – com um grande apagador de nitroglicerina ;>) – e nossos leitores são inteligentes o suficiente para entender a mensagem do livro sem que alguém precise mastigá-la para vocês (exceto pelo final do livro, aquilo eu tive que ler umas quatro vezes pra ter a certeza de que entendi rs).
Pra ser franco, temos uma obrigação para com nós mesmos aqui na Zona, particularmente com relação a Clube da Luta. Esse site, depois de tanto chão, não pode ficar sem uma menção sequer ao clássico da nossa geração, – e um de nossos favoritos de todos os tempos aqui na Zona! – que abriu nossas mentes a socos e pontapés. Como poderíamos não falar do filme / livro que ajudou a expandir nossas mentes e nossa visão da sociedade atual, nos imunizando dessa aceitação bovina e zumbificante de tudo, onde é cada vez mais normal se enquadrar na sociedade apenas sendo um aluno exemplar / empregado modelo / consumidor voraz? Em tempos onde a massificação dita o comportamento geral, o absurdo é visto como normal apenas pelo fato de todo mundo estar fazendo, por mais insano que seja o padrão. Todos fazem e consomem mais ou menos as mesmas coisas, mas, paradoxalmente, interações humanas de verdade são cada vez mais escassas. Por esses motivos foi um despertar ler o mantra proferido pelo profeta da pós-modernidade, Tyler Durden:
“Você não é o seu emprego. Você não é quanto dinheiro você tem no banco. Você não é o carro que você dirige. Você não é o conteúdo da sua carteira. Você não é as calças cáqui que veste. Você é toda merda ambulante do mundo.”
Tenha você uma predileção seja pelo livro ou pelo filme, Clube da Luta” foi o manifesto que nossa geração precisava para não adoecer (ainda mais) com esse estado de coisas. E, falando por mim, entre as obras que auxiliaram na formação do meu caráter, ele figura ao lado de Os Invisíveis com seu alto teor libertário e subversivo, isso para os padrões de uma obra de cultura pop.
Palahniuk conta que teve a inspiração quando se envolveu em uma briga de verdade. Ele estava em um acampamento quando reclamou do volume da música ouvida por algumas pessoas nas barracas ao lado. A reclamação acabou virando uma briga e o escritor foi espancado. Ao voltar ao trabalho na segunda feira, com o rosto completamente arrebentado, ele percebeu como os colegas evitavam mencionar ou perguntar algo a respeito, como se bizarramente nada tivesse acontecido, e a senhora da limpeza foi a única a lhe perguntar “O que aconteceu?“. Pouco depois disso, ele escreveu um conto, que viria a ser o capítulo 6 do livro tal qual o conhecemos hoje.
“Cara, eu vejo no clube da luta os homens mais fortes e inteligentes que já viveram. Vejo todo esse potencial, e vejo ele desperdiçado. Que droga, uma geração inteira enchendo tanques de gasolina, servindo mesas, ou escravos do colarinho branco. Os anúncios nos fazem comprar carros e roupas, trabalhar em empregos que odiamos para comprar as porcarias que não precisamos. Somos uma geração sem peso na história, cara. Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Grande Guerra. Nem uma Grande Depressão. Nossa Grande Guerra é a guerra espiritual… nossa Grande Depressão é nossas vidas. Todos nós fomos criados vendo televisão para acreditar que um dia seríamos milionários, e deuses do cinema, e estrelas do rock. Mas nós não somos. Aos poucos vamos tomando consciência disso. E estamos muito, muito revoltados.”
Clube da Luta dissemina mensagens poderosas, como o poder das ideias e o quão destrutivo um indivíduo pode se tornar frente a um sistema que escraviza por meio da cultura do consumismo e do isolamento; o fardo do homem contemporâneo, que ao mesmo tempo em que oprime, é oprimido pelo conceito rígido e limitador do patriarcado milenar, que hoje gera caricatos modelos de masculinidade tóxica até mesmo para quem os assume; pessoas querendo se conectar com outras pessoas – tema recorrente na obra de Palahniuk – além, é claro, de ser um livro divertidíssimo, com diversas passagens repletas de niilismo e muito humor negro, que são uma característica perene na escrita de Palahniuk. Esse humor negro foi perfeitamente transposto para o filme, e se você for só um pouquinho dodói da cabeça, sabe exatamente onde rir muito.
“A primeira regra do Clube da Luta é: você não fala sobre o Clube da Luta. A segunda regra do Clube da Luta é: você NÃO fala sobre o Clube da Luta. Terceira regra do Clube da Luta: se alguém gritar “Pára!”, fraquejar, sinalizar, a luta está terminada. Quarta regra: apenas dois caras numa luta. Quinta regra: uma luta de cada vez, pessoal. Sexta regra: sem camisas, sem sapatos. Sétima regra: as lutas duram o tempo que for necessário. E a oitava e última regra: se esta for a sua primeira noite no Clube da Luta, você tem de lutar.”
O livro é narrado de forma não linear e em primeira pessoa. Na história acompanhamos um protagonista sem nome, o que é bem sugestivo dado o estado de esvaziamento desse indivíduo: ele possui uma vida estéril e vazia, adquirindo móveis caros e itens domésticos, entre outros bens supérfluos, e trabalha no departamento jurídico de uma companhia de automóveis. Uma vida medíocre. Seu vazio existencial e sua insônia só são aplacados quando ele começa a freqüentar grupos de ajuda a doentes terminais semanalmente, se fazendo passar por um dos doentes, para conseguir estabelecer uma conexão mínima com outras pessoas.
Uma mulher chamada Marla passa a freqüentar vários destes encontros, ela também uma falsa doente, e sequer se esforça para parecer autêntica. Nosso narrador, irritado com Marla ameaçando seu monopólio por afeto nos grupos de apoio, não consegue mais se soltar nas sessões e volta a sofrer de insônia. Até o dia em que conhece Tyler Durden. Tyler é tudo que nosso protagonista não é: bonito, ousado, impulsivo e acima de tudo, LIVRE. A personificação da subversão, uma perfeita representação do Id sem amarras.
Uma noite, do lado de fora de um bar, Tyler pede que o narrador lhe dê um soco, e eles iniciam uma luta, que é notada por outras pessoas. Pouco tempo depois, o narrador, Tyler e alguns outros interessados, contagiados por esse espírito de “lutas consensuais” acabam formando uma espécie de clube – com regras e tudo! – que sob o pretexto das lutas, visa expurgar estes reflexos condicionados pela sociedade de consumo, e que logo evolui para algo muito maior e subversivo, ameaçando virar toda a civilização de pernas pro ar. Em paralelo acompanhamos os desdobramentos do triângulo Narrador / Tyler / Marla. E vou parar por aqui para evitar maiores spoilers para quem ainda não fez um favor a si mesmo(a) lendo ou assistindo a Clube da Luta.
“Todas as formas que você gostaria de ser, este sou eu. Eu tenho a aparência que você queria ter, eu fodo como você gostaria de foder, eu sou esperto, capaz, e o mais importante, eu sou livre de todas as maneiras que você não é.”
Lançado em 1996, o livro dividiu a crítica e teve uma recepção inicial morna por parte do público, encalhando nas livrarias, porém mesmo assim despertando interesse o bastante para que uma adaptação cinematográfica fosse realizada. Em 1999, o estúdio 20th Century Fox lança sua adaptação, dirigida por David “Seven” Fincher, com Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter nos papéis de Tyler, do Narrador (no filme intitulado “Jack”) e de Marla, respectivamente. O filme não lucrou o esperado nos cinemas, porém vendeu muito bem em DVDs, o que o fez atingir o status de cult movie. Era a publicidade de que o livro de Clube da Luta precisava para alcançar ele também status de cult e atingir o público nunca havia ouvido falar do livro. Daí para os clubes da luta clandestinos na vida real foi um pulo (Sim, eles existem! Nunca foi em um? Eu já, mas não posso falar sobre isso ;>)). A vida adora imitar a arte de Palahniuk.
“Esta é a sua vida e ela está acabando, um minuto por vez.”
Pouca gente sabe, mas Clube da Luta tem um prelúdio: Excursão é uma história curta passada antes dos acontecimentos de Clube da Luta, e foi publicada no livro Invente Alguma Coisa, que já resenhamos aqui na Zona \o/.
“Escutem aqui, vermes. Vocês não são especiais. Vocês não são um belo ou único floco de neve. Vocês são feitos da mesma matéria orgânica em decomposição como tudo no mundo.”
Em 2004 saía Fight Club – The Videogame para Playstation 2 e Xbox, uma decepção gigantesca diante do potencial narrativo que poderia ser desenvolvido, o jogo foi mal recebido e teve críticas ruins por toda parte, tanto da crítica especializada quanto de jogadores domésticos, como eu ou vocês. Apesar de oferecer uma inovação em jogos de luta, onde havia um modo de raios-x (depois copiado em versões mais recentes de Mortal Kombat), em que víamos os ossos do jogador ou do adversário fraturando-se à medida que as lutas avançavam, isso não foi o suficiente para torná-lo sequer um jogo razoável. O game de Clube da Luta poderia ter sido um novo “Bully”, ou um “The Warriors”, ou um “GTA”, com um modo de história riquíssimo e missões relacionadas ao Projeto Desordem e Destruição, mais ou menos como vemos no livro e no filme. Pequenas ações de caos aleatórias para gerar instabilidade social. Mas infelizmente, não passa de um jogo bidimensional onde dois personagens se confrontam em meia dúzia de cenários, sem camisas e sem sapatos (Regra Nº6!), com uma péssima jogabilidade, cheio de bugs e sem nenhum traquejo pra desenvolver uma transmídia marota por parte da desenvolvedora Sierra. Um jogo ruim, inexpressivo, que não sustenta o legado do material de origem. Esqueçam. A regra número 1 da Zona Negativa é: A GENTE NÃO FALA SOBRE O GAME DE CLUBE DA LUTA!
“Apenas depois que você perder tudo é que você está livre para fazer qualquer coisa.”
Entre as centenas de referências a Clube da Luta que já vimos por aí, circulando na cultura de massa, a maioria homenagens cômicas, o produto influenciado pela obra que talvez mais se destaque seja a série Mr. Robot. Percebe-se logo no piloto que esta série é uma grande homenagem ao legado subversivo da obra de Palahniuk, e inclusive a série tem seu próprio Tyler Durden, mas não vou estragar a surpresa de ninguém (como estragaram a minha heheh). Se vocês me pedissem para, grosseiramente, resumir Mr. Robot em apenas uma frase, acho que eu diria que “É como Clube da Luta, mas com hackers”.
Elliot Alderson (Interpretado por Rami Malek, de Bohemian Rhapsody, 2018) é um engenheiro de cibersegurança e hacker brilhante, que sofre de transtorno social e depressão. Elliot não consegue se enquadrar na sociedade e não suporta o rumo que mundo está seguindo. Paralelamente, ele é recrutado por um grupo de hackers ativistas (em uma menção ao Annonymous) que pretende apagar o registro de devedores da maior corporação do mundo, a E Corp. Muito elogiada por público e crítica, a série ganhou um Globo de Ouro e se encaminha para sua quarta temporada. Assisti à primeira temporada, e apesar das semelhanças e homenagens escancaradas (No episódio final da primeira temporada ouvimos Where Is My Mind?, dos Pixies, já eternamente associada à Clube da Luta!), Mr. Robot tem sua própria identidade, e acredito firmemente que pode ter uma longevidade razoável. Como sempre, tudo depende dos roteiristas.
“É fácil chorar quando você percebe que todos que ama o rejeitarão ou morrerão. Em uma linha do tempo longa o bastante, a taxa de sobrevivência de todos cairá a zero.”
Na Comic-Com de San Diego de 2013, Palahniuk anunciou que publicaria Clube da Luta 2, e disse mais: Que não seria um livro em prosa, mas sim uma HQ! A editora Dark Horse – a casa do Hellboy! – publicou a mini série de 10 edições entre maio de 2015 e março de 2016. O encadernado, compilando as dez edições saiu aqui em 2017 pela LeYa.
Clube da Luta 2 se passa dez anos após os acontecimentos do primeiro livro/filme, e nosso narrador agora tem um nome: Sebastian. Ele casou-se com Marla, que vive entediada, secretamente sabota sua medicação, e ambos têm um filho e uma vida muito semelhante a que o protagonista levava no primeiro Clube da Luta: uma rotina suburbana vazia. Até que o filho dos dois desaparece. Sebastian e Marla saem à procura da criança e descobrem que Tyler Durden está de volta, e todos são sugados novamente para a Desordem e Destruição e, bem… fizemos uma resenha completa do Clube da Luta 2 AQUI!
“Mas não vamos a discotecas. Tyler diz que as músicas são muito altas, especialmente as que têm uma base de baixo, que acabam ferrando o biorritmo dele. Na última vez que saímos, Tyler disse que a música alta o deixou constipado. Além disso, o som é tão alto que não dá pra conversar, então, depois de umas duas bebidas, todos se sentem o centro das atenções, mas completamente separados de todas as outras pessoas. Você vira um cadáver em um suspense policial britânico.”
Por fim, ainda falando sobre continuações, Palahniuk já declarou que Clube da Luta 3 está em desenvolvimento e vai ter o mesmo formato de Clube da Luta 2: uma HQ serializada em partes. Me fiz a mesma pergunta quando ouvi a primeira notícia sobre a continuação anterior: Pra quê?? Mas, enfim, vamos aguardar e conferir. Quem sabe dessa vez o sistemão cai geral…
“Você compra móveis. E pensa, este é o último sofá que vou comprar na vida. Compra o sofá e por um par de anos fica satisfeito porque, aconteça o que acontecer, ao menos tem o seu sofá. Depois precisa de um bom aparelho de jantar. E de tapetes. Então cai prisioneiro de seu adorável ninho, e as coisas que antes lhe pertenciam passam a possuir você”
Após uma versão com encadernação em brochura e uma encadernação em capa dura, no fim de 2016 a LeYa lançou uma nova edição de Clube da Luta, dessa vez uma edição de colecionador. O livro, com tiragem limitada de 10 mil exemplares numerados individualmente, vem em uma capa dura de papel Paraná não revestido, com a arte de capa serigrafada diretamente sobre o papel e contém, além da história original, um prefácio inédito escrito pelo autor, o roteiro original da adaptação cinematográfica (e isso é o que transforma a edição naquele tijolão de 470 páginas, pra quem ficou curioso com a diferença de páginas dessa pras edições anteriores! ;>)), bem como a transcrição de uma entrevista, feita em um painel na Comic Con de San Diego de 2014 com Palahniuk, David Fincher (que dirigiu o filme), Scott Allie, editor-chefe da editora Dark Horse, Gerald Howard, editor de Palahniuk e Cameron Stewart, artista da HQ Clube da Luta 2.
Fechando a edição, um ensaio sobre o impacto de Clube da Luta na cultura pop até os dias atuais, por Natália Bridi, redatora do site Omelete.
Sim, eu sei o que você está pensando: “Uma edição de Clube da Luta gourmet???“. É uma edição pros entusiastas mais xiitas, daqueles que enxergam e riem da ironia em se comprar uma edição especial mais cara de uma história que propõe um rompimento com a sociedade de consumo. Mas ei, o filme foi produzido pela megacorporação Fox e isso não te impediu de comprar o DVD e dar seu suado $$$ pra eles, certo?
“A filosofia de vida de Marla é que ela pode morrer a qualquer momento. A tragédia, ela dizia, é que ela não morrera.”
Expoente máximo da Ficção Transgressional, como o próprio Palahniuk denomina seu estilo literário, Clube da Luta parece ser o alerta final de que estamos caminhando cada vez mais em direção a uma distopia. A encruzilhada está logo ali, e que direção vamos escolher? Será o Projeto Desordem e Destruição um recurso a ser considerado pelo cidadão como reação a esses tempos cada vez mais opressivos? Será que Tyler está certo e é preciso destruir as posses para que não sejamos possuídos por elas? Sei lá, olhem aí dentro da cabecinha de vocês e me respondam… mas antes, me façam um favor? Algum de vocês poderia me dar um soco? O mais forte que vocês puderem??