Resenha Relâmpago: EXCALIBUR – UMA AVENTURA NO TEMPO PARTE 1

“Imagine que para cada mundo que conhece, exista um número infinito de contrapartes. Dimensões alternativas… Todos os lugares e pessoas que poderiam ter desistido, caso a criação as tivesse feito levemente diferentes. De uma dessas Terras veio esse bando de aventureiros, o EXCALIBUR.”

Após enfrentar suas contrapartes nazistas no encadernado anterior, a superequipe continua suas viagens multiverso afora, perdidos entre várias Terras alternativas e conhecendo versões bizarras de mundos insólitos, como um mundo medieval com elementos contemporâneos, um mundo western um tanto… diferente, outro mundo que parece um grande filme de horror da Universal, ou ainda, em uma genial crítica em tom profético que satiriza muito bem a Marvel atual, uma Terra onde todos os heróis estão sempre lutando com os vilões, sem nenhum motivo, em uma zona de batalha eterna.

Antes de a Panini relançar essa série por aqui, eu não lia nada do Excalibur há mais de 20 anos – na falecida revista Marvel Force – e apesar de ter achado o texto de Chris Claremont um tanto datado e cheio de excessos (eu teria lido uns 7 encadernados do Mark Millar no mesmo tempo que levei para ler esse único do Excalibur rsrsrs) que travam o andamento da história por alguns momentos, a HQ é bem divertida. Como um leitor com um fraco por histórias de Terras paralelas e versões alternativas de heróis, ver Capitão Britânia e companhia transitando por cenários tão absurdos foi legal. Claro, a arte de Alan Davis ajudou. E MUITO. Tanto que quando cheguei nas histórias não desenhadas por ele, quase larguei o encadernado. Mas consegui ler até o fim. Acho que se tirar o Alan Davis e a nostalgia que essa HQ evoca em mim, particularmente, provavelmente nem estaria em meu radar. Recomendado para Marvetes roxos, fãs de equipes mutantes, entusiastas do traço de Davis e velhacos em geral. Eu preencho dois dos quatro requisitos. Se você não preenche nenhum desses, passe longe.

Compila as edições #12 a #20 da série Excalibur.
212 páginas. Capa cartonada.
R$ 26,90

Eduardo Cruz
Eduardo Cruz é um dos Grandes Antigos da Zona Negativa, ou sejE, um dos membros fundadores, e decidiu criar o blog após uma experiência de quase-vida pela qual passou após se intoxicar com 72 tabletes de vitamina C. Depois disso, desenvolveu a capacidade de ficar até 30 segundos sem respirar debaixo d’água, mas não se gaba disso por aí.

Ele também tem uma superstição relacionada a copos de cerveja cheios e precisa esvaziá-los imediatamente, sofre de crises nervosas por causa da pilha de leitura que só vem aumentando e é um gamer extremamente fiel: Joga os mesmos games de Left For Dead e Call of Duty há quase 4 anos ininterruptos.

Eduardo Cruz vem em dois modos: Boladão de Amor® e Full Pistola®.

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