Se você tem por volta dos 30 anos, você viveu a época de ouro da sessão da tarde (mas não se engane quem não pegou a década de 90 do programa, naquela época também passava De Volta À Lagoa Azul semana sim, semana não) e com certeza viu Bill e Ted e assistiu a uma aula bem Rock’n’roll de história.
Quem nunca imaginou, quando criança, ter uma máquina do tempo para encontrar a si mesmo no futuro e resolver uns problemas do passado/presente? A franquia de Bill e Ted gira em torno dessa premissa, onde dois adolescentes avoados viajam no tempo usando uma cabine telefônica turbinada (Alôu Tardis, é você???), aprontando algumas confusões que até Deus duvida, ou como o locutor repetia ad nauseum nas chamadas da Sessão da Tarde, “Aprontando as maiores confusões!“.
Uma típica comédia adolescente americana do final dos anos 80 que mistura fantasia, aventura e ficção científica, Bill e Ted tem como roteiristas nos 3 filmes a dupla Chris Matheson e Ed Solomon, além do (forever young) Keanu Reeves no papel de Ted Logan e Alex Winter como Bill Preston.
No primeiro filme, Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica (1989), Bill e Ted precisam passar no exame final de história para continuar com a sua banda e não ir pro exército, o que é uma ameaça, digamos, bem incentivadora vinda do pai de Ted. Com uma trilha sonora recheada de sucessos do rock’n’roll oitentista, os dois adolescentes são visitados por Rufus (George Carlin) que vem do futuro através de uma viagem temporal em sua cabine telefônica para ajudar os dois a passarem de ano. O destino dos dois jovens abestados é influenciar a humanidade com a sua música, ajudando a pavimentar o caminho para a criação de uma sociedade utópica. Rufus chega para ajudar a dupla e, consequentemente, manter o futuro nos trilhos.
Já no segundo filme Bill & Ted: Dois Loucos no Tempo (1991), no longínquo ano de 2691 vemos o cientista De Nomolos com seus delírios de se tornar o governante do universo. Para cumprir seu objetivo ele precisa aniquilar Bill e Ted no passado para assim destruir a linha temporal e reinventar o futuro. A melhor forma de um cientista fazer isso (afinal, são os anos 90) é criando robôs para substituírem Bill e Ted e mudar o curso da história. O rolê insano de Bill e Ted nessa continuação, além da já manjada viagem no tempo, passa por céu e inferno, com direito a uma partida de Detetive e Banco Imobiliário com a Morte em pessoa, no melhor estilo O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman.
Além do terceiro filme, que irá fechar a trilogia 30 anos depois (ou mais ou menos isso, já que, por causa da pandemia não há data certa para o lançamento), Bill e Ted virou uma franquia rentável – ou pelo menos, bem sucedida o suficiente para gerar derivados: Um desenho animado e até um jogo para PC em 1991.
Em Bill & Ted: Face the Music, o mundo tal qual o conhecemos está mais uma vez em risco, já que o futuro depende do sucesso da banda Wyld Stallyns. A dupla, agora na meia idade, com filhos e os perrengues inerentes da vida se vê obrigada a mais uma vez salvar o destino da humanidade.
Luciano Huck, digo, Alex Winter e Keanu Reeves em foto promocional de divulgação do terceiro filme.
Confira o trailer de Bill & Ted: Face the Music:
Alguém aí ansiosx por esse fechamento? Eu com certeza estou!
Texto por Vanessa