A boa impressão deixada pelo primeiro volume aqui na Zona nos fez ir ávidos no encalço da leitura do segundo. E tudo que agradou continua, intensificado e de forma inteligente, sem exageros e graças a um único personagem que rouba a cena: Danny Doll. O pai de Reggie Revolt retorna para tentar se aproximar do filho que nunca conheceu, mas isso não será nada fácil, pois o punk o culpa por todos os acontecimentos recentes.
Danny Doll e Regina Jones estrelam as duas primeiras histórias do encadernado, em que a Art Ops versão anos 70 começa a entrar em rota de colisão devido aos pontos de vista diferentes das duas lideranças em relação a como lidar com a arte viva em nosso mundo. Edições magistralmente desenhadas por ninguém menos que Eduardo Risso!
Nas edições seguintes, agora tendo o peso da responsabilidade de comandar a Art Ops, Reggie tenta segurar as pontas enquanto o Corpo e J Gourgeous viajam para LA na tentativa de vender um roteiro para Hollywood e Danny Doll segue em sua cruzada para libertar todo tipo de arte, visando uma coexistência pacífica com a humanidade. Contrapondo os planos do ex-líder da Art Ops surgem os Papais Suburbanos, organização que como o nome sugere, são pais suburbanos de meia idade dispostos a lutar pelos valores da “moral, bons costumes e família tradicional”, incluindo censurar e destruir todo tipo de arte que julguem imprópria.
Mantendo a vibe despretensiosa e divertida até a sua conclusão, Art Ops não decepciona e mostra por que recebeu tantos elogios e indicações a prêmios. Shaun Simon é um nome pra se ficar de olho no futuro, roteirista já conhecido por ter trabalhado com Gerard Way anteriormente. Claramente tendo como inspiração séries clássicas do selo Vertigo, como Patrulha do Destino e Shade, Art Ops utiliza muito bem a narrativa non-sense e apresenta conceitos interessantes que instigam e entretém o leitor, se consagrando como um dos títulos mais bem sucedidos da Vertigo atual.
Compila as edições #7 a #12 da série Art Ops.
172 páginas. Capa cartonada.
R$25,90