A terceira edição de Capitão América chegou nas bancas, e com ela mais duas partes de Inverno na América, arco que vem, até então mantendo um nível de qualidade bem interessante, mas por vezes um pouco esticado além da conta.
Nesta edição, o capitão invade mais uma base secreta, dessa vez na intenção de resgatar Sharon, sua coroa enxuta.
Enquanto Steve espanca alguns guardas classe Z da base secreta, Sharon recebe um tratamento intensivo de verborragia que explica aos leitores como a galerinha russa do mal tomou tão rapidamente o coração e a mente de tantos estadunidenses influentes, de forma a facilitar o andamento de seus planos malignos.
Falando em verborragia, não há uma página sem algum tipo de texto. Mesmo durante as batalhas mais emocionantes, o capitão não consegue deixar suas reflexões filosóficas de lado. Ok, isso até combina com o personagem, mas deixa as informações tão mastigadas que não resta quase nenhum detalhe para o leitor interpretar por conta própria.
Em termos de ação não há do que reclamar, mesmo com tanto texto, a arte afinada de Lenil Frances Yu mostra a que veio, com sequências de ação com um dinamismo de tirar o fôlego. A luta do bandeiroso com o treinador é um ponto altíssimo da edição, pois mesmo sendo extensa, faz com que a gente vire as páginas com a disposição de um urso russo bebendo vodka. (OK, isso nem fez sentido, mas o bagulho é frenético)
A próxima edição vai fechar esse arco, o que me deixa um pouco apreensivo, pois como algumas coisas são um pouco deixadas no ar, há o risco de um final muito apressado. Mas não vamos chorar antes da hora, pois minha esperança ta lá em cima. Ainda mais com esse vilão que eles ressuscitaram nas últimas páginas…
Texto por João Garaza (instagram: @joaogaraza)
Editora Panini.
Compila as edições #4 e #5 da série Captain America
52 páginas.
Capa cartonada.
R$9,90
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