Esse é o meu primeiro contato com o personagem, então fui fazer o dever de casa e pesquisar um pouco sobre o Espírito da Machadinha. Um garoto que, ao perder seus pais, dedica a vida a combater o crime usando uma Tomahawk (a machadinha indígena, não a banda paralela do Mike Patton!), uma pistola no coldre e sai por aí pulando pelas árvores, com um grito característico de guerra (Tarzan 🤔?), e os índios o consideram um semi-deus. Apresentações a parte, vamos à história. A propósito, o nome Zagor, é pronunciado como Zágor e não como Zagôr. Isso é o oficial, nunca mais esquecerei e quem não sabia ao ler essa resenha agora vai saber. Obrigadodenada.
A trama gira em torno de um velho inimigo que deveria estar morto (Novelê Bonelliano), este inimigo conspira para promover uma guerra mundial ao iniciar uma desavença entre Ingleses e russos ao matar um nobre na linha de sucessão da coroa britânica e acabar lucrando com a venda de armas. Zagor soube do plano e vai debelar contando com a ajuda de alguns amigos inusitados, um ladrão que atende como Conde de Lapalette e seu fiel amigo mexicano rechonchudo Chico. Dado suas trapalhadas, são o alívio cômico da série, mas não são os únicos. Temos outra dupla de espiões russos chamados de Popov e Popof (Qualquer semelhança com Dupont e Dupond em Tintim não é mera coincidência). São essas referências que tornam a HQ um pouco mais nostálgica e humorada do que seu primo sério Tex (Da qual eu conheço mais). Nesta história em específico há uma outra referência ao Cavaleiro das trevas em um desenho (Abaixo).
A história se alonga muito em vários flashbacks, me parece que a tônica das aventuras do personagem tem sempre uma ramificação em histórias anteriores, algo que imagino deve ser difícil de administrar, pois a todo momento, é citado algo que já foi mostrado em edições anteriores. Isso torna a história cansativa, são muitos rodeios para se chegar a um fim, 284 páginas de embromation onde somente o último terço tem um Split aventuroso digno. Esse compilado diz respeito a três números italianos da aventura. Outra coisa estranha que devo apontar é a característica de Zagor de pular de árvore em árvore, mas sem cordas, ele é como um macaco apenas usando os braços mesmo, se formos pensar de forma realista, a velocidade com que ele transita de galho em galho é surreal, mas não estamos aqui para contestar esse conceito fantasioso, mas me parece um tanto forçado e não poderia deixar de mencionar o fato. Ao final da trama, o bandido Smirnoff (com seu nome de Vodka) cai ferido em um rio e não se sabe se morreu ou sobreviveu para reaparecer novamente (Novelê Bonelliano) e um outro bandido que também esperava-se morto também reaparece anunciando sua cruzada contra Zagor em futuras edições. Cara, é muita gente que devia estar morto e não tá. Os desenhos tem sua qualidade garantida, enquanto que minha maior crítica está no embromation do roteiro.
Texto por Conde.
Mythos Editora
Papel Jornal
Preços de Capa: R$ 36,90 (284 Páginas)
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