Resenha Relâmpago: ESPECIAL ZAGOR Nº 66 – A VINGANÇA DE SMIRNOFF

Esse é o meu primeiro contato com o personagem, então fui fazer o dever de casa e pesquisar um pouco sobre o Espírito da Machadinha. Um garoto que, ao perder seus pais, dedica a vida a combater o crime usando uma Tomahawk (a machadinha indígena, não a banda paralela do Mike Patton!), uma pistola no coldre e sai por aí pulando pelas árvores, com um grito característico de guerra (Tarzan 🤔?), e os índios o consideram um semi-deus. Apresentações a parte, vamos à história. A propósito, o nome Zagor, é pronunciado como Zágor e não como Zagôr. Isso é o oficial, nunca mais esquecerei e quem não sabia ao ler essa resenha agora vai saber. Obrigadodenada.

ZAGOR E O TOMAHAWK

A trama gira em torno de um velho inimigo que deveria estar morto (Novelê Bonelliano), este inimigo conspira para promover uma guerra mundial ao iniciar uma desavença entre Ingleses e russos ao matar um nobre na linha de sucessão da coroa britânica e acabar lucrando com a venda de armas. Zagor soube do plano e vai debelar contando com a ajuda de alguns amigos inusitados, um ladrão que atende como Conde de Lapalette e seu fiel amigo mexicano rechonchudo Chico. Dado suas trapalhadas, são o alívio cômico da série, mas não são os únicos. Temos outra dupla de espiões russos chamados de Popov e Popof (Qualquer semelhança com Dupont e Dupond em Tintim não é mera coincidência). São essas referências que tornam a HQ um pouco mais nostálgica e humorada do que seu primo sério Tex (Da qual eu conheço mais). Nesta história em específico há uma outra referência ao Cavaleiro das trevas em um desenho (Abaixo).

CAVALEIRO DAS TREVAS

A história se alonga muito em vários flashbacks, me parece que a tônica das aventuras do personagem tem sempre uma ramificação em histórias anteriores, algo que imagino deve ser difícil de administrar, pois a todo momento, é citado algo que já foi mostrado em edições anteriores. Isso torna a história cansativa, são muitos rodeios para se chegar a um fim, 284 páginas de embromation onde somente o último terço tem um Split aventuroso digno. Esse compilado diz respeito a três números italianos da aventura. Outra coisa estranha que devo apontar é a característica de Zagor de pular de árvore em árvore, mas sem cordas, ele é como um macaco apenas usando os braços mesmo, se formos pensar de forma realista, a velocidade com que ele transita de galho em galho é surreal, mas não estamos aqui para contestar esse conceito fantasioso, mas me parece um tanto forçado e não poderia deixar de mencionar o fato. Ao final da trama, o bandido Smirnoff (com seu nome de Vodka) cai ferido em um rio e não se sabe se morreu ou sobreviveu para reaparecer novamente (Novelê Bonelliano) e um outro bandido que também esperava-se morto também reaparece anunciando sua cruzada contra Zagor em futuras edições. Cara, é muita gente que devia estar morto e não tá. Os desenhos tem sua qualidade garantida, enquanto que minha maior crítica está no embromation do roteiro.

SMIRNOFF CACHAÇA

Texto por Conde.

Mythos Editora
Papel Jornal
Preços de Capa: R$ 36,90 (284 Páginas)

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De vez em quando, um minuteman convidado aparece aqui na Zona Negativa para resenhar um quadrinho, ou para publicar a próxima matéria que irá, por fim, explodir sua cabeça, subverter a realidade e nos levar ao salto quântico para o próximo nível dimensional. Não sabemos exatamente quem são essas pessoas, a não ser que elas abram mão do anonimato e decidam assinar seus verdadeiros (??) nomes ao final do texto. Mas francamente, 'quem' elas são não é o preocupante. Preocupe-se com as palavras delas, que rastejam lentamente para dentro da sua cabeça. Todos são minutemen. Ninguém é minuteman.
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