Os fãs de filmes de zumbi podem comemorar pois a Mythos acaba de lançar essa linda edição de Gás Negro, quadrinho que chama atenção por sua belíssima capa. (e por seu autor…)
Uma grande contaminação faz com que os infectados comam carne humana e percam toda e qualquer civilidade, espalhando terror e depravação por onde passam.
Se você olhar a premissa, pode muito bem achar que essa edição não passa de uma cópia descarada de Crossed por conta das semelhanças, mas essa publicação saiu lá fora beeem antes de Crossed chegar as bancas. Todos os elementos estão aqui: Violência, canibalismo, palavrões, estupros, orgias e outras coisas inapropriadas, mas sob um ponto de vista diferente. Nesta história, os zumbis não apreciam o que estão fazendo com as outras pessoas (mesmo que fiquem xingando as mesmas aleatoriamente) e por vezes reclamam de sua condição, muitas vezes implorando pelo tiro de misericórdia.
O enredo por vezes chega a ser um pouco linear demais, como os filmes de terror clássicos. (começa tudo lindo, He um evento e tudo vira um inferno.) Mas tal estilo é justificável a partir do momento em que você compreende que o protagonista não é um dos humanos e nem mesmo os monstros carniceiros, mas sim a praga em si. Desde quase o início da história, essa contaminação vem sendo apresentada de forma bem sutil, deixando o leitor curioso para saber o que virá a acontecer e como esse mal terrível vai acontecer. (sim, a gente sabe que vai dar M. Ninguém é burro de comprar uma HQ com essa capa e achar que é uma história de unicórnios, né?)
Os roteiros ficaram a cargo do já conhecido Warren Ellis, que mesmo com uma narrativa simples, não deixa a desejar e as ilustrações ficam a cargo de Max Fiumara, (Abe Sapien: The desolate shore) cuja arte confusa e caótica consegue se mesclar ao texto de forma a criar uma leitura angustiante, que diverte mesmo com os absurdos mostrados.
Resenha por: joaogaraza
Editora Mythos.
Compila as edições #1 a #3 da minissérie Blackgas.
144 Páginas. Capa dura. R$ 64,90
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