Gibi do Juiz Dredd, mesmo quando se trata de uma história menor, sempre é, no mínimo, bem bacana. A 2000AD desenvolveu uma cronologia rica e coesa do personagem, e dificilmente algum roteirista mais despreparado consegue colocar esse legado em risco. Eu, pessoalmente, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de uma história do Dredd realmente ruim. E por falar em continuidade rica, com essa edição finalmente é lançada uma luz sobre alguns dos personagens mais interessantes da galeria do Dreddverso: Os Juízes Negros. Tudo que se sabia sobre essas entidades era que eles haviam migrado de uma dimensão paralela onde a própria vida foi considerada um crime. E não se narrou mais nada além disso. Até que o roteirista Kek-W, inspirado por um sonho pesadelo chega com este roteiro, que finalmente nos apresenta as origens das terríveis entidades.
Nesse primeiro volume conhecemos a tal dimensão paralela onde uma estranha praga começa a se alastrar. Seus portadores começam a necrosar enquanto ainda em vida e se tornam maníacos perversos com sede de sangue, criando assim um cenário que mescla Mad Max com Crossed. Este mundo também tem sua própria classe de juízes, porém ainda mais violentos e corruptos que o da Mega City que já estamos habituados. Quando esses agentes da lei são acometidos pela praga, é o início do fim de tudo e o nascimento das estranhas criaturas conhecidas como os Juízes Negros. No meio dessa desgraceira toda, o Juiz Fairfax e a jovem Jess lutam para sobreviver. Fairfax está sendo caçado por seus antigos colegas, já infectados por podridão e perversidade, e nada parece pará-los. A arte pintada de Dave Kendall passa o clima perfeito de horror, carnificina e grotesco da sucessão de infortúnios que os protagonistas vivenciam com detalhes e cores nauseantes.
Juízes Negros – A Queda do Mundo Morto não é uma história fechada em si e nem conta a origem completa das entidades terríveis, mas narra muito bem e com crueza de detalhes os eventos iniciais que levaram à moléstia que criou as terríveis criaturas e destruiu este mundo paralelo. Eu chamaria de um ótimo começo. Manda aí o próximo volume, dona Mythos! E não demore, que já estou com a expectativa lá em cima hehehehheh…
Eduardo Cruz (@eduardo_cruz_80)
Editora Mythos.
164 páginas.
Capa dura.
R$ 89,90
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Ele também tem uma superstição relacionada a copos de cerveja cheios e precisa esvaziá-los imediatamente, sofre de crises nervosas por causa da pilha de leitura que só vem aumentando e é um gamer extremamente fiel: Joga os mesmos games de Left For Dead e Call of Duty há quase 4 anos ininterruptos.
Eduardo Cruz vem em dois modos: Boladão de Amor® e Full Pistola®.