Já que nos dias atuais a nova tendência é fazer discursos parafraseando regimes fascistas, vou começar esse texto dizendo:
“Deadpool: Ame-o ou deixe-o.” Pois pra mim essa frase se encaixa perfeitamente com o status do personagem junto a comunidade Geek. E é inegável dizer que ele se tornou uma das figuras mais populares da atualidade de forma assustadoramente rápida. E mesmo que você, assim como muitos outros, não goste dele, pelo menos o conhece.
E até quem não gosta acaba consumindo suas histórias, mesmo que seja só para criticá-las.
Como disse antes, ele é popular e isso é um fato.
Dito isso, os editores da Marvel, que não são nem bobos, lançam mensalmente vários títulos desta criatura. Nesta, vou contar um pouco sobre essa trilogia pra lá de boa do anti-herói ao longo da semana. Então fica ligado aqui, que vai ter mais…
Agora vamos começar a falar sobre o primeiro capítulo dessa saga: DEADPOOL MASSACRA O UNIVERSO MARVEL. Mas antes é preciso saber que, nessa edição, o Deadpool tá com uma personalidade completamente diferente do tradicional. Fazendo com que essa edição não seja a ideal para novos leitores do personagem, há uma chance de comprar gato por lebre e achar que o personagem é sempre assim.
Mas porquê o mercenário mais ‘amadodiado’ do mundo resolveu começar a matar geral assim do nada?
A) Pra vender quadrinhos?
B) Por um domínio mental?
4) Para destruir tudo que existe no universo?
F) Porque sim?
A resposta é simples, todas as alternativas juntas.
Após sofrer um ataque psíquico, o mercenário consegue se livrar dos grilhões da ficção, compreendendo que não passa de um personagem num gibizinho. O que ele faz para comemorar? Decide matar todos os outros personagens da editora e a lógica real que se foda, pois o que importa é o massaveísmo, né? Mesmo com o protagonista longe do auge de suas palhaçadas aqui, é possível achar alguns momentos sadicamente engraçados nessa edição, combinando a narrativa afiada com uma arte que favorece os momentos de ação sangrenta.
Graças a Stan Lee, esta é uma história que não faz parte da cronologia oficial da editora, então mesmo alcançando seus objetivos, a trama em si só serve para que imaginemos ‘como seria se’ o mercenário mais desbocado do mundo resolvesse passar o cerol em seus colegas Marvelísticos. E não contente em assassinar todo personagem da editora que vê pela frente, o nosso amiguinho de vermelho traça um plano maior e mais definitivo: Matar os autores das suas histórias para acabar finalmente com seu universo inteiro. Mas será que isso vai dar certo? Vamos esperar a segunda parte dessa trilogia para descobrir.
O roteiro das três edições que compõem esse encadernado ficam a cargo de Cullen Bunn, uma espécie de veterano nas HQs do Deadpool, e portanto, um artista que já sabe como trabalhar as várias facetas do personagem sem deixá-lo repetitivo. Já a arte muda em cada edição. Nesta contamos com o traço sujo e rabiscado de Dalibor Talajic, que combina perfeitamente com a trama. O artista croata, apesar de não ter um nome muito fácil ou conhecido já trabalhou com a Marvel anteriormente em X-men.
Bem, por hoje é só, pe-pessoal… Aguardem, pois em breve o segundo volume, “Deadpool massacra os clássicos” será postado aqui para o seu deleite. (ou não!) Hasta la vista…
Texto por João Garaza (instagram: @joaogaraza)
Editora Panini.
Compila as edições #1 a #4 da minissérie Deadpool Kills the Marvel Universe
100 páginas.
Capa dura.
R$30,00
Curtiu essa resenha? Então siga essa Zona nas redes sociais e não perca nenhum conteúdo! Textos todas as terças, quintas e sábados.
Garaza tem um senso de humor exótico. (Algo entre tio sukita e pessoa que devia estar internada) Começou a ler HQs em 2006 e desde então acumula pilhas e mais pilhas de celulose superfaturada.
Fã do Capitão América, Deadpool, Batman e Lobo. Apreciador de autores e histórias despretensiosos.
Gosta também de passeios ao pôr do sol, andar de mãos dadas e está a procura de um novo amor. Joga a foto pra direita pra gente dar match!
;)